Caso sua saúde geral esteja bem, não existe contraindicação para você usar implantes osseointegrados. Sabe-se que os implantes dentários têm seu uso em humanos desde 1965, com o Professor Branemark, na Suécia.

No Brasil, começaram a ser utilizados no final da década de 70 e início dos anos 80. Como principais benefícios, os implantes osseointegrados restabelecem a função e a estética, propiciando ao paciente sua reintegração no meio social. É claro que os implantes que foram utilizados inicialmente sofreram várias alterações, pois existiam alguns problemas.

QUE PROBLEMAS APRESENTAVAM OS IMPLANTES QUANDO FORAM INTRODUZIDOS?

Os implantes dentários apresentavam uma deficiência estética, pois as peças que faziam a comunicação do implante (que esta dentro do osso) e do dente (que aparece na boca) eram muito altos e não estavam preparados para receber dentes unitários, o que veio a acontecer no início dos anos 70.

Ainda assim, estes implantes eram de Hexágono Externo, o que permitia o desparafusamento e a soltura das próteses quando utilizadas em implantes unitários.

COMO ESTES PROBLEMAS FORAM RESOLVIDOS OU MINIMIZADOS?

Nos anos 90, foram lançados componentes (peças que fazem o contato do implante com o dente) com finalidade estética, propiciando um melhor posicionamento do implante dentro do osso e da prótese na gengiva. Houve uma melhora na superfície dos implantes e na adaptação da prótese ao implante.

HÁ DIFERENÇA ENTRE OS IMPLANTES?

Sim, há implantes mais indicados para cada tipo de perda de dentes. O processo de incorporação do implante ao osso também varia de acordo com a superfície do implante e isto muda de acordo com cada fabricante.

Como exemplo, podemos citar os implantes indicados para a carga imediata, após a extração, para os diferentes tipos de osso que há na boca: um osso mais “duro” e ainda outro mais “mole” – o seu implantodontista pode esclarecer isto. Informamos que cada fabricante de implante tem as diversas indicações para cada caso.

TENHO SANGRAMENTO GENGIVAL E PERDA ÓSSEA. AINDA POSSO FAZER IMPLANTE?

Provavelmente você possui periodontite e deve procurar um periodontista e/ou um implantodontista que possua especialização em Periodontia (doenças da gengiva e do osso), pois a periodontite deve ser tratada de forma eficaz para não contaminar os futuros implantes. É importante salientar que estes problemas gengivais são relativamente comuns aos pacientes após os 60 anos de idade e que alguns medicamentos diminuem a salivação, colaborando para agravar estes problemas.

ENTÃO, O QUE SE SABE SOBRE AS CONTRA-INDICAÇÕES PARA OS IMPLANTES?

Há contraindicações como, por exemplo, os casos em que se tenha realizado quimioterapia ou radioterapia, que devem ser submetidos à avaliação médica para que sejam orientados sobre quanto tempo depois podem realizar os implantes.

Os que se submeteram a cirurgia cardíaca e estejam em processo de recuperação devem aguardar um período de pelo menos 1 ano.

Pacientes com osteoporose diagnosticada e que façam uso de medicamentos de reposição óssea, via endovenosa, devem ser monitorados.

Pacientes com problemas psiquiátricos que não possam cooperar no processo dos cuidados pós-operatórios e depois na adequada limpeza dos implantes.

Pacientes internados e sem evidências de recuperação orgânica para que sejam submetidos a processo cirúrgico.

Os pacientes fumantes podem ter uma chance menor de sucesso nos implantes dos que os não fumantes.

Os pacientes que não conseguem controlar as taxas glicêmicas e que necessitem do uso de insulina devem ser monitorados sempre.

É muito importante a avaliação do implantodontista que deve dominar a técnica e adaptar à sua realidade e ser bem conduzido para respeitar as condições gerais de saúde, como as citadas acima, e priorizar o paciente e suas particularidades.